A Tez da Memória

O projeto A Tez da Memória nasce do anseio de questionar o passado em cada ser humano. Descobrir a pele sensível que cobre imagens de passados sombrios.

Qual é a pele dos fatos que ocorridos na história de cada um de nós protege uma memória humana, nossa responsabilidade sobre o passado da humanidade? O que eu, um cidadão comum tenho a ver com a Primeira Grande Guerra? Qual a minha responsabilidade sobre o Golpe Militar? Qual é o meu corpo, dentre aqueles corpos cobertos de lenços brancos no ataque civil da Síria? Quantas rugas há em mim, causadas por estes eventos que parecem não estarem ao alcance de minha pele?

O que efetivamente deve ser encarado como legado? Quais as imagens construídas por gênios devemos perpetuar? Quais as narrativas e poéticas que nos abrem caminha para um fluxo através do mistério do existir?

Quais os lampejos de horror que nos saltam aos olhos cotidianamente e que nos cravam uma ruga na pele, cavidade que grava em meu corpo a memória do horror, a memória do belo?

E dentro destas indagações ramificamos o projeto em três faces:

  • Memória-Poética
  • Memória-Crônica
  • Memória-Trama

A primeira refere-se ao legado que nos fora deixado. Nossas escolhas ao perpetuá-lo ou não. As marcas na memória que nos causam tais poéticas, e como este princípio faz emergir imagens míticas.

Memória-Poética

A segunda ramificação questiona o olhar que debruçamos às nossas experiências cotidianas, e ao automatismo de nossa existência que não mais espantamo-nos com o horror, parte integral do fenômeno do Belo. A crônica da vida, as narrativas que nos são contadas diariamente e não nos damos conta, mas que de certa forma surgem como imagens em nossa memória mais profunda, marcando nossa pele a ferro e fogo.

Cartaz

E finalmente a terceira que promove um entrelaçamento de planos. O Legado e cotidiano  se encontram numa trama que nos aponta nossos mortos, nossos ancestrais que fixam seus olhares em nós, e rogam para que aliviemos vossos fardos históricos, julgando-os com a balança do hoje, e que possamos adquirir também nosso quinhão de culpa. Bençãos e maldições.

Memória-Trama

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