… É como se perpassasse diante de nossa coluna vertebral um fio cósmico que nos ligasse ao centro da terra, e ligasse todo o cosmo neste mesmo fio miraculoso. O fio daquele que padece renasce num outro ser, e assim transmitiríamos todas nossas experiências existenciais uns aos outros, de modo que a vida fosse justamente essa sucessão da experiência de geração à geração, de ser para outro ser, ininterruptamente. De modo que este fio fosse a representatividade do mistério, do divino.
Localizamos os estágios das gerações assim como tenta-nos devorar a esfinge: A aurora, O sol a pino e O Crepúsculo; O infante, O adulto e O ancião; 4 pés, 2 pés e 3 pés.
Porém, pesquisar este tema é um feito extremamente grandioso. Devemos contemplar a vida e toda a história da humanidade, para talvez propormos visões que possam se materializar num fenômeno teatral. Isso requer o dispêndio de uma vida toda e talvez nos falharia a concretização mínima de um material que pudesse representar estas imagens intuitivas que propomos acima. Assim, decidimos debruçar nosso olhar para o nosso tempo apenas, e as gerações que nosso olhar e nosso faro alcançam. E com certa perversidade, crueldade e ao mesmo tempo de forma ingênua, ousamos vasculhar nossas casas e famílias, os vizinhos e seus parentes, nossas cidades e todo nosso povo. Localizar em cada ser humano o fio que os liga, de geração em geração, e tecer uma trama, o tecido do espírito de cada geração.
Uma crítica, uma constatação, uma ofensa, um sacrilégio, um retrato ou uma dúvida?
Não nos cabe tais classificações! Nosso dever é olhar o filho, o pai e o avô… Apenas!